Também chamada de acumulador de energia, a bateria automotiva é formada por placas de chumbo metálico e outras revestidas de peróxido de chumbo, mergulhada em uma solução aquosa de ácido sulfúrico chamada de eletrólito. Esses componentes armazenam a energia sob a forma química e a transforma em energia elétrica.
Ao conectar os polos de uma bateria e fechar o circuito, as placas negativas (chumbo metálico) perdem elétrons que migram, por meio da solução ácida, para as placas positivas (peróxido de chumbo) — que tendem a receber elétrons.
Assim, as placas vão se transformando em sulfato de chumbo e o eletrólito vai perdendo sua acidez, aumentando a concentração de água. Dessa forma, a bateria está descarregando.
Mas o processo pode ser revertido ao aplicar uma corrente elétrica. É o que acontece nos automóveis, nos quais o alternador transforma energia mecânica em elétrica, que volta à bateria e reverte as reações químicas. Ou seja, recarrega a bateria.
Como o calor afeta as baterias automotivas?
Essas reações químicas que acontecem dentro das baterias também são afetadas pela temperatura. O calor, por exemplo, acelera os elétrons, causando uma perda mais rápida da massa ativa, que é formada pelas placas. Isso significa que a bateria está sofrendo descarregamento mais rápido.
Além disso, o calor também ajuda na evaporação da água do eletrólito. Tudo isso aumenta a autodescarga e o processo de corrosão dos componentes da bateria e pode levar a ocorrer sobrecargas no sistema elétrico e, em casos extremos, até explosões por conta dos gases da corrosão e evaporação.
Como fazer a manutenção preventiva?
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Para que maiores problemas não ocorram, é necessário que o sistema elétrico do carro não esteja sobrecarregado. Ou seja, que os componentes eletrônicos adicionados ao veículo estejam de acordo com a capacidade da bateria, dos chicotes, do alternador, etc.
Além disso, carros que são usados por muitas horas ininterruptas precisam contar com acumuladores específicos para essas condições também.
Para o uso corriqueiro, o mais importante é não dispensar a checagem preventiva do sistema elétrico, verificando o estado de conservação de todos os itens e testando a tensão e a corrente.
Para a bateria especificamente, é necessário checar se ela está corretamente alocada, se não há corrosão nos conectores dos polos, se a capa protetora está em perfeito estado e testar sua capacidade de descarga rápida, que simula o acionamento do motor de partida do veículo.
Ainda, para o caso de baterias não seladas, é preciso verificar o nível de água de sua solução ácida e completá-lo se necessário, com água destilada.
Como vimos, o verão é a época mais prejudicial para as baterias automotivas. O calor exagerado aumenta o o seu descarregamento e pode causar danos. Por isso, é importante que se faça a checagem do sistema elétrico periodicamente.